Quem trabalha com moda no Brasil, principalmente no centro do mundinho
paulistano, já sabia de longa data pelos comentários de bastidores. A
Huis Clos passava por problemas financeiros, à margem do mercado que
ajudou a formar. Clô Orozco estava deprimida e abusava dos remédios. Já
tentara o suicídio algumas vezes.
E o dia começou assim, hoje. Triste, desolador, doloroso. Mas não exatamente inesperado, não é mesmo?
Parece drama de existencialista. E Clô, ao batizar a marca com
referência sartreana, não deixava de lado essa sua faceta. Por isso
mesmo, tinha a fama de uma das mulheres mais interessantes e
inteligentes de se conversar.
Parece drama de existencialista, mas não é. Clô é um símbolo de muito do que anda errado na moda brasileira.
Um mercado em que os veteranos lutam para se manter e a renovação é
praticamente nula. Onde os mais velhos desistem e não deixam substitutos
à altura. E que vai sendo canibalizado cada vez mais pelos peixes
grandes.
Continua... Chic
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